656 setembro 2015
seis empurradores. Neste ano, o esta- leiro já entregou três empurradores. Até janeiro de 2016, pretende entregar 35 barcaças. “Esse mercado de escoa- mento de grãos pela região Norte está se sedimentando agora. Estaleiros precisam produzir essas barcaças em escala acelerada. Mas, depois que es- tiver consolidada, essa demanda cairá consideravelmente e ficarão as reposi- ções”, projeta. O presidente da Sociedade Brasilei- ra de Engenharia Naval (Sobena), Age- nor Junqueira Leite, destaca que a ati- vidade da navegação interior é muito importante para a competitividade do país como exportador de grãos. “Em termos de Brasil, só seremos competi- tivos quando houver boa logística, que passa pela navegação fluvial”, aponta. Além dos investimentos em navega- ção, a região Norte vem recebendo investimentos privados para a cons- trução e remodelação de terminais portuários.
tamar, a tendência é que a demanda se concentre em reparos e manuten- ção. Ele aposta no crescimento das encomendas locais por conta do vo- lume de investimentos privados para escoamento de grãos. Ele ressalta que a quantidade de barcaças, abaixo de 600, ainda é bastante inferior às duas mil da Bacia do Paraguai e às 10 mil que operam na Bacia do rio Mississipi, nos Estados Unidos. As vias navegáveis noNorte incluem a calha do Amazonas e os rios da mar- gem sul do estado que permeiam zona produtora de grãos. Além dos grãos a serem exportados na região, há pro- jetos de incremento do transporte de minério no futuro. Também a explora- ção da matéria-prima para fabricação de fertilizantes, que hoje o Brasil im- porta em grande quantidade, é vista como carga com grande potencial de crescimento. O Beconal tem contratos para a construção de mais de 30 barcaças e
Pesquisa da Abenav indica
forte demanda por motores, sistemas de comandos elétricos, sistemas
de direção e sistemas de comunicação
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PORTOS E NAVIOS SETEMBRO 2015
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