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PORTOS E NAVIOS SETEMBRO 2015
Outros dois recebimentos estão pre-
vistos para outubro.
A DC Logistics Brasil cresceu 5%nos
sete primeiros meses de 2015 em rela-
ção ao mesmo período de 2014. A em-
presa, que inaugurou em Recife (PE)
no ano passado seu 10º escritório no
Brasil, estuda abrir uma nova unidade
em breve. Dimitri Mattos, coordena-
dor de carga de projetos, explica que
a empresa trabalha com cargas espe-
ciais de médio porte, onde os investi-
mentos continuam acontecendo. Ele
observa que o desaquecimento afetou
projetos de maior magnitude, da or-
dem de R$ 20 milhões a 30 milhões de
investimentos, os quais não são foco
da DC Logistics no momento.
Mattos explica que cada escritó-
rio inaugurado traz possibilidade de
novos negócios que não estavam no
radar. Além disso, o acréscimo de uni-
dades pode compensar quando outros
escritórios apresentam redução no vo-
lume de contratos. “Na crise, muitas
indústrias vão procurar alternativas.
Como a DC é entrante em novos mer-
cados, passamos a ser essa alternati-
va”, projetaMattos. Ele conta que junho
foi o segundo melhor mês em termos
de fechamento de negócios para a DC
Logistics em 21 anos no Brasil.
A DC Logistic Brasil identifica que
algumas indústrias continuam inves-
tindo para quando o mercado voltar a
se aquecer. Mattos cita o transporte re-
cente de uma carga para área siderúr-
gica, na ordem de 1,3 milhão de euros,
transportada na região Sudeste. A DC
também participou de uma operação
importante em 2014 que trouxe 80%
do parque fabril da fábrica da BMW em
Santa Catarina. Na ocasião, toda linha
de pintura da montadora veio da Ale-
manha. Ele também enxerga sinais de
investimento nas áreas de cerâmica, ci-
mento e madeireiras.
Um dos motivos é o câmbio, que
está permitindo melhores condições
para as exportações brasileiras para pa-
íses emcrescimento. “Os investimentos
vão continuar acontecendo em outros
lugares e esse produto do Brasil acaba
ganhando competitividade com o dó-
lar do jeito que está”, ressalta Mattos.
Ele cita que a madeira voltou a ser um
produto bom para ser exportado, além
de ter demanda interna. Segundo ele,
algumas indústrias desse segmento
vêm investindo na compra e renovação
de equipamentos para ampliação de
seus parques fabris.
Apesar de não atuar no segmento
eólico, a DC Logistics também vê po-
tencial no setor de geração de energia.
Recentemente, a empresa fez a logísti-
ca por rodovia para exportação de uma
As empresas especializadas não
veem prazo para reversão da
redução da demanda dos setores
de petróleo e gás
PAULO COIMBRA
Exigências de conteúdo local
isolaram importações de
equipamentos eólicos
DC Logistics/Divulgação