656 setembro 2015

INDÚSTRIA NAVAL E OFFSHORE

Até a suspensão dos pagamentos por parte da Sete Brasil, a empresa vinha performando bem a implantação do estaleiro na Bahia

Performance afetada Atrasos na liberação de financiamento e suspensão de pagamentos pela Sete Brasil prejudicam retomada do Enseada

Danilo Oliveira A Enseada Indústria Naval atri- bui a paralisação das obras de implantação de seu estaleiro em Maragogipe (BA) ao atra- so no repasse pelos agentes financeiros da segunda parcela do financiamento de R$ 600milhões aprovados pelo Fun- do de Marinha Mercante (FMM). Além disso, o estaleiro está, desde novembro de 2014, sem receber os pagamentos da Sete Brasil. O diretor de relações institucionais e de sustentabilidade do Enseada Indústria Naval, Humber- to Rangel, explica que, até a suspen- são dos pagamentos por parte da Sete Brasil, a empresa vinha performando bem a implantação do seu estaleiro na Bahia e a fabricação de três das seis sondas de perfuração contratadas para exploração do pré-sal. De acordo com Rangel, o casco da primeira delas ( Ondina ) estava em avançado estágio de fabricação em março e vários módulos do topside

Somando os estaleiros

Durante a Marintec South America – Navalshore 2015, Rangel destacou que a Enseada venceu os desafios de 2012, quando havia preocupação do mercado com os chamados “estaleiros virtuais”. Ele disse que, atualmente, os estaleiros estão preocupados com as “encomendas virtuais”, fazendo alu- são às incertezas em torno do plano de negócios da Petrobras. O diretor da Enseada lembra que, de 2008 a 2012, diversos estados disputaram a chance de sediar estaleiros incluídos no pro- grama de retomada da indústria naval com foco na exploração do pré-sal. Motivados por estímulos do go- verno federal, grupos empresariais nacionais aceitaram o convite de per- formar contratos de alto valor agre- gado e complexidade. “O governo fez convocação dos empresários. Baseado nas encomendas da Sete Brasil, que se tomou a questão de investir”, contou Rangel durante o evento.

Inhaúma (RJ) e Enseada (BA), já foram treinados 80 profissionais no Japão

também já foram concluídos nas de- pendências do estaleiro que, em ou- tubro de 2014, conquistou sua licença parcial de operação. Ele destaca que, em fevereiro de 2015, o estaleiro con- cluiu o içamento completo de um dos mais altos guindastes Goliath da Amé- rica Latina, com capacidade de iça- mento de 1,8 mil toneladas.

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PORTOS E NAVIOS SETEMBRO 2015

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